Marinho e Pinto prepara nova investida contra os advogados-estagiários. Desta feita, e inspirado pelas tendências do presidente francês Sarkosy, Marinho e Pinto prepara já uma proposta que permitirá ao Serviço de Estrageiros e Fronteiras (SEF) presseguir, deter e extraditar os advogados estagiários de Portugal.
A medida é simples, como explica o nosso querido Bastonário: "temos de expulsar essa cambada de burros faz nenhum do nosso país. Se em França se pode mandar os ciganos que não fazem nada prá terra deles, lá prá Macedónia ou Bulgária ou Roménia ou Tailandia ou lá o que é aquilo, então cá também devemos poder mandar quem nada faz para sítios em que essa prática é normal."
Assim, e de acordo com a proposta agora avançada, os advogados estagiários que não encontrem estágio remunerado, que passem o dia a tirar fotocopias, que carreguem pastas, togas e acessórios de beleza, que apenas se limitem a dar pareceres e a redigir peças processuais sem que para o efeito nada ganhem, correm o risco de serem extraditados para outros países.
"A exportação de pessoas é normal em muitos lados. Já pedi a um estagiário que lá tenho pelo escritório para ver qual o meio mais adequado para fazer seguir o pedido, tratar de arranjar a lista de todos os estagiários, tirar fotocopias de todos os nomes em triplicado para apresentação junto das autoridades competentes, redigir a proposta de lei, atender os telefonemas, chegar mais cedo, porque 9h00 não são horas de se ir trabalhar, terminar de me organizar a agenda, limpar o chão do escritorio, lavar--me o carro, ir com os meus mais pequenos às compras, preparar o jantar, abrir-me a cama, e ligar o alarme de casa antes de sair, e que faça as malas pois a partida deve estar para breve que não está cá a fazer nada".
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