domingo, 18 de outubro de 2009
A palavra do deputado vale ouro
Mais uma vez se comprova que a palavra deputado deve ter alguma origem etimológica em trafulhice. Numa altura em que o Estado aperta o cerco a todos aqueles que faltam ao trabalho injustificamente - cerco que não é muito eficiente como se sabe devido à classe médica, que passa mais atestados que os padeiros vendem pães -, surge uma medida espetacular para os role models da democracia portuguesa - os nossos tão queridos deputados. Essa medida está presente no n.º 7 da resolução da Assembleia da República 21/2009 de 13 de março que aprova o regime de presenças e faltas ao plenário com o seguinte texto: «[a] palavra do deputado faz fé, não carecendo por isso de comprovativos adicionais. Quando for invocado o motivo de doença, poderá, porém, ser exigido atestado médico caso a situação se prolongue por mais de uma semana» (itálicos não constam da resolução). Claro que quem aprovou isso foram as próprias pessoas a quem vai ser aplicada a resolução. É certo que outro metódo é um pouco difícil de aplicar, não vamos ser demagogos, mas não deveriam ser as pessoas que estão nos cargos de poder a dar o exemplo!!! Foda -se não deveriam ao menos no papel parecer que não nos vão ao bolso!!! Quem são os deputados para que a sua palavra faça fé, impedindo qualquer prova em contrário, e que só quando invoquem motivo de doença e se ausentem por um período superior a um semana é que, se calhar, tem de apresentar atestado.
Nota: com a imagem assim não dá para ver muito bem, por isso é só clicar.
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Amílcar à DG!
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