Top Gear: Edição Especial na Assembleia da República Portuguesa

O Blog da Emília acabou de saber, em primeira mão, que o programa Top Gear vai fazer uma edição especial na Assembleia da República Portuguesa.

Tudo começou com a renovação da frota automóvel da bancada parlamentar socialista. Ao que parece o líder da bancada do CDS/PP,  Nuno Magalhães, vexado com tal renovação, fez questão de levar a debate parlamentar a admissibilidade da mesma, uma vez que o partido que representa não admite que um partido da oposição possa ter uma frota de carros melhor do que a das bancadas parlamentares dos partidos da coligação. PP e PSD votaram, assim, para que o programa Top Gear venha à Assembleia da República Portuguesa testar os carros que cada bancada parlamentar tem e que deseja comprar, de modo a que cada bancada fique com os melhores veículos, de acordo com o método d'Hondt (os votos nas coligações contam). 

O ilustre e letrado deputado da nação Emídio Guerreiro (conhecido pelas eruditas frases "Ó Senhor deputado, eu sei que dói. Ponha manteiga, se quiser.") disse aos repórteres do Emília: "Finalmente, começamos a discutir na Assembleia coisas de interesse. Já não suporto ouvir falar em leis do orçamento!!! A minha esperança é que, depois de falarmos de carros, comecemos a falar de bola e de mulheres..."

Também Luís Fazenda, deputado do BE já veio dizer: "Sinceramente, o nosso objetivo é, à semelhança do líder do nosso partido, andar de autocarro. Por isso, vamos testar pesados de passageiros, para escolhermos um autocarro para cada deputado".

O PCP apenas fez questão de realçar que carros, no partido só se conhecem os puxados por burros ou por bois, por isso é bom que se fale em automóveis e veículos motorizados, sendo certo que esperam conseguir alguns tratores, indispensáveis para a Festa do Avante.

Já António José Seguro apenas comentou: "Ainda bem que eu não escolhi um Clio!!!"

Prevê-se, assim, que a presença da equipa do Top Gear traga alguma animação à Assembleia da República Portuguesa, esperando-se mesmo que, pela primeira vez nos últimos trinta anos, todos os lugares estejam efetivamente ocupados e e não haja nenhum deputado a dormir ou a ler o jornal.